A taxa de mortalidade por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) diminuiu 26% entre 1991 e 2009, caindo de 711 para 526 mortes para cada 100 mil habitantes, como aponta o estudo Saúde Brasil 2010. A queda na proporção de mortes por DCNT foi de 1,4% ao ano. Quando considerado um intervalo de tempo menor - de 2005 a 2009 - o declínio da mortalidade foi ainda mais acelerado, com redução média anual de 1,6%.
Apesar da queda, elas ainda são a principal causa de mortalidade no País: 72% dos óbitos em 2009 (cerca de um milhão, no total). Das 742,7 mil mortes por DCNT, 80,7% foram por doenças cardiovasculares, câncer, doença respiratória crônica e diabetes. Os principais fatores de risco para estas doenças são a obesidade, o tabagismo, a alimentação inadequada, a inatividade física e o uso abusivo de álcool.
A mortalidade por doenças cardiovasculares reduziu 41% (2,2% ao ano). Por doenças respiratórias, o percentual de queda na quantidade de mortes foi de 23% (2,8% ao ano), com declínio a partir de 1999. Em relação ao câncer, as taxas ficaram relativamente estáveis no período. E, no caso do diabetes, houve aumento de 24% entre 1991 e 2000, seguido por um declínio de 8% entre 2000 e 2009.
Plano
O Ministério da Saúde lançou, em agosto, o Plano de Ações de Enfrentamento às DCNT/2011-2022, que define ações e recursos para o enfrentamento dessas enfermidades nos próximos dez anos. A meta é uma redução gradativa da taxa de mortalidade de pessoas com menos de 70 anos para o alcance de um índice de 2% ao ano.
Para o enfrentamento às DCNT, o Sistema Único de Saúde (SUS) possui um conjunto de ações de promoção de saúde, que priorizam a alimentação saudável, a prática de atividade física e a prevenção ao uso de álcool e cigarro. Um dos maiores desafios para os próximos anos é controlar o avanço da obesidade, que já afeta 16,9% das mulheres e 12,4% dos homens adultos.
Para isso, o ministério criou o Programa Academias da Saúde, que estimula a implantação de espaços adequados para a prática de atividades físicas e de lazer. Já foram construídas quatro mil unidades do programa.
Matéria enviada ao Sala de Noticias pelo “em questão” editado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República