Cerca de 300 empresários brasileiros de diversos setores vão integrar a comitiva que estará na China entre os dias 11 e 15 de abril. Um dos principais objetivos da missão é aumentar e diversificar a pauta de exportação do Brasil, que no ano passado rendeu R$ 335,3 bilhões para o país. A China é hoje a segunda economia mundial e principal parceiro brasileiro no mundo.
Órgãos governamentais trabalham nos preparativos para a viagem. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), por exemplo, desde terça-feira (29) realiza em São Paulo um encontro preparatório com um grupo de empresários interessados em iniciar ou ampliar intercâmbios comerciais com a China. O evento vai até esta quarta-feira (30).
Ainda nesta quarta-feira, o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) realizam workshop sobre as relações econômicas entre os dois países no Itamaraty.
Economia - A Ásia é considerada a região com a economia mais dinâmica da atualidade. O interesse do Brasil pela região está relacionado com a demanda por investimentos e por acesso a tecnologia de ponta, bem como pelo mercado com alta capacidade de consumo. Segundo o MRE, o Brasil conta com investimentos expressivos no país, como uma Fábrica da Embraer, por exemplo.
São alguns dos objetivos dessa missão, de acordo com o MRE, a diversificação dos parceiros comerciais; a ampliação e diversificação da pauta de exportações, inclusive para incorporar produtos de maior valor agregado; a ampliação do fluxo bilateral de investimentos; a identificação de oportunidades de negócios, inclusive com parcerias entre a China e terceiros mercados, como Japão, Indonésia, Coréia do Sul e ainda outros.
O Brasil, por outro lado, interessa aos asiáticos, como fonte supridora de matérias-primas, como produtos alimentícios e insumos básicos. Tendo se tornado, em 2009, o principal parceiro brasileiro no comércio internacional.
Mercado asiático - Desde 2003 o governo colocou como prioridade a diversificação dos parceiros comerciais do Brasil e o estreitamento das relações econômico-comerciais com os países do Sul.
Nesse contexto, a Ásia – e principalmente a China - foi objeto de iniciativas que ajudaram o Brasil a superar os efeitos da crise financeira internacional, em 2008/2009. Houve uma redução da procura por produtos importados e por matérias-primas nos principais mercados desenvolvidos, como os Estados Unidos e União Européia. As maiores economias asiáticas, no entanto, continuaram com altos níveis de crescimento, acima de 10%.
Em 2002, o Brasil exportava R$ 4,1 bilhões em produtos para a China e importava R$ 1,6 bilhões. Em 2010, as exportações brasileiras já superavam os R$ 51,1 bilhões e, as importações, chegavam a R$ 42,4 bilhões. Isso representou um superávit de aproximadamente R$ 8,4 bilhões na balança comercial entre os dois países e um incremento nas vendas de 1.246% em apenas oito anos. O valor acumulado das trocas comerciais até fevereiro de 2011 alcançava os R$ 6,5 bilhões.
Os principais produtos importados pelo Brasil foram dispositivos eletrônicos, maquinário, peças e acessórios para computadores, cerâmica, material elétrico, adubos e fertilizantes, peixe congelado, lâminas de ferro e aço, brinquedos, tecidos, malhas, bolsas e outros.
E os principais produtos exportados foram minérios de ferro, óleos brutos de petróleo, veículos aéreos, partes de turbinas e rodas hidráulicas, soja, suco de laranja, minério de manganês, granito cortado, papeis e cartões para escrita, polipropileno, couros, carnes, matérias vegetais, madeira serrada, entre outros.
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