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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Feijoada no Sábado

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Postado por Hamilton Antonio
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Amigo leitor esta pagina publica matérias recebidas de assessorias de entidades, politicos, poder executivo, legislativo, judiciario e matérias transcritas de sites e agências de noticias onde estamos credênciados, sempre citando a fonte.
Alem de assuntos redigidos pela equipe da Sala de Noticias.
Acesse nosso endereço e envie seu assunto a ser postado.
Obs.Pronunciamentos dos Vereadores da Câmara de Blumenau são postadas no dia da reunião e outros no dia seguinte, portanto não esqueça de ler postagens antigas.

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Na TV

Na TV
Por Bettina Perez
Caetano Veloso completou 70 anos cheio de homenagens

Caetano Veloso completou 70 anos dia 7. Um dos maiores nomes da música brasileira foi também um dos assuntos mais lembrados nas redes sociais no dia do seu aniversario. Seus fãs e amigos não deixaram de lembrar a data especial com homenagens.
Entre as famosas que postaram fotos com o artista estão Carolina Dieckmann e Preta Gil. A cantora ainda escreveu: "Meu Tio, meu Pai, minha inspiração #Parabéns Caetano Veloso". O apresentador Serginho Groisman também exaltou a obra do cantor- "#Cae70anos Obrigado por tua música e teu verbo”. Astrid Fontenelle e Monique Evans, também renderam homenagens. Astrid escreveu: "Salve Simpatias!! E salve Caetano Veloso!! 70 em grande estilo e talento! Soy Loca por ti neguinho!!!!". Monique publicou: "Mil beijos pra essa pessoa genial , esse charme de homem, para meu ÍDOLO #Cae70anos .. PARABÉNSSSSS!!!!".
A Sala de Noticias transcreveu o texto, respeitando a ética, citando que o texto é do Site Ziptop.com.br

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Hamilton Antonio
Filho de Dª Nair. Um apaixonado pela família, imprensa e louco pelo Botafogo. Radialista e jornalista há mais de 30 anos atuando na mídia Catarinense. Trabalhei como locutor esportivo nas Rádios Clube e Difusora de Itajaí,como reporter no Jornal A Nação, Santa Catarina,na TV Barriga Verde como narrador esportivo e comunicador nas Rádios: Blumenau, Clube, Tropical FM, Difusora, Globo, União FM, Unisul (hoje CBN). Sou um homem de fé em Deus e Jesus, seguidor da doutrina de Allan Kardec, apaixonado pelas obras do mestre Francisco Candido Xavier. Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim. Chico Xavier
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Sob Minha Ótica

Sob Minha Ótica

Por Hamilton Antonio

O mundo se modernizou, hoje em tempo real podemos ver quase tudo que está acontecendo no mesmo instante, pela TV, internet e tantas outras ferramentas, como o sistema de satélite, que nos coloca a par de tudo o que este mundo globalizado nos expõe e nos mostra.

E foi através destas oportunidades que observei o que me fez refletir.

No dia da estreia da seleção brasileira de futebol feminino contra as camaronesas, algo me chamou atenção, o primeiro hino a ser executado antes do inicio da partida foi o de Camarões, bastou o primeiro acorde do hino para que todas as atletas colocassem a mão direita sobre o peito ”coração” e cantassem a letra do hino. Imaginei que em seguida as nossas atletas fariam o mesmo, nada disso colocaram as mãos para traz e uma ou outra cantou durante a execução do hino nacional brasileiro. Será que não sabiam a letra? Ou para elas o hino é simplesmente um ato do cerimonial, e não um momento cívico? E assim foi também nos jogos da seleção masculina, então não estou descriminado ninguém, apenas citando algo que deveria ser orgulho e não obrigação.

Lembro-me que no meu tempo de estudante, cantávamos pelo menos uma vez por semana o hino Nacional, da Independência, da Bandeira e de calcanhar unido, mas o mundo se globalizou e já somos um país desenvolvido, respeitado, mas sem civismo, deveríamos seguir o que nos foi ensinado, dar importância a estes momentos, como fazem os camaroneses um país pobre da África, mas que tem o nosso respeito, pelo civismo e por tantas outras atitude que ainda matem atraves de seus povos.
Um exemplo que já tivemos, e hoje como a 6º maior econômia do mundo deveriamos acentuar ainda mais.
HAG.

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Hamilto Antonio
A esperança era grande mas a seleção brasileira entrou em campo já perdendo.

E o jejum brasileiro continua. Na terceira final olímpica de sua história — havia perdido também em 1984 e 1988 — a seleção brasileira parou na decisão mantendo o ouro olímpico como o único título que o futebol brasileiro ainda não ganhou.
O algoz foi o México, que venceu por 2 a 1. Foi o primeiro ouro olímpico do futebol mexicano, que sem seu principal jogador, Giovani dos Santos, machucado, busca entrar no rol dos grandes do cenário mundial tendo este título olímpico somado às conquistas na base como primeiras credenciais.
Para a seleção brasileira, fica a imagem da preparação que começou apenas nesta temporada com uma série de amistosos contra seleções principais, além de incertezas na defesa e no gol. Foi justamente a defesa, o setor mais criticado, que pôs tudo a perder antes do ponteiro dar a primeira volta.

O lateral-direito Rafael errou um passe de dois metros para Sandro, volante que não fez uma boa Olimpíada, que foi aproveitado por Aquino, meia-atacante que encontrou Peralta, autor do gol.
O setor deu sustos em todas as partidas, principalmente na bola aérea, de onde saiu o segundo aos 30 minutos da segunda etapa. Nem o gol de Hulk, aos 45 minutos do 2.º tempo serviu de consolo.
Se o resultado foi ruim para o futebol masculino, o mais rico dos esportes nacionais, pode ser pior para o técnico Mano Menezes. O treinador já tem o trabalho questionado pela falta de resultados contra equipes mais fortes. Menezes não tinha a simpatia de José Maria Marin, que assumiu a CBF após a renúncia de Ricardo Teixeira, e agora vê o cargo ameaçado por não satisfazer a maior obsessão do desporto nacional.
Foram 12 participações do futebol brasileiro nos Jogos Olímpicos e esta foi a quinta medalha, terceira de prata e nenhuma de ouro.

Neymar se juntou à galeria que grandes jogadores brasileiros que não conquistaram o ouro olímpico, a saber: Vavá, Falcão, Bebeto, Romário, Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho. E, por incrível que pareça, os outros favoritos foram caindo pelo caminho. Espanha e Uruguai não passaram da primeira fase e a Grã-Bretanha parou nas quartas de final.
A obsessão pelo ouro olímpico seguirá no Rio de Janeiro, em 2016, quando em casa, com a pressão cada vez maior, um novo grupo de jogadores de até 23 anos com no máximo três acima desta idade tentará acabar com o longo jejum na 13ª tentativa.


Que o fato de não termos conquistado a medalha de ouro Olimpica em Londres, seja o alerta, sinal amarelo, de que precisamos nos cuidar, devemos nos prepararmos melhor, afinal vem ai a Copa das Confederaçoes e do Mundo em casa, e não poderemos perder.

Cronograma de Obras Foz do Brasil

Programação das obras de implantação do sistema de esgoto no período de 16/08/12 a 31/08/1

BAIRRO RUAS

BOA VISTA RUA CARLOS RISCHIBIETER: RUA FREDERICO DEEKE ATÉ RUA HENRIQUE KROHBERGER
BOA VISTA RUA LUIZ PROBST: RUA CARLOS RISCHIBIETER ATÉ CASA Nº 91

FORTALEZA RUA AGRÔLANDIA: RUA SÍRIO CHICATO ATÉ RUAFRANCISCO VALDIECK
FORTALEZA RUA FRITZ SPERNAU : RUA DOLORES DURAN ATÉ RUA ANASTÁCIA
FORTALEZA RUA CRISTA GIESELER METZNER: RUA INOMINADA 3732 ATÉ RUA SOLDADO MÁRIO LUIZ BERTOLINI
FORTALEZA RUA FRAIBURGO: CASA Nº 455 ATÉ RUA AGRÔLANDIA
FORTALEZA RUA FRANCISCO VALDIECK: RUA SOLDADO MÁRIO BERTOLINI ATÉ RUA VEREADOR HEBERT SCHWEIGERT
FORTALEZA RUA FRITZ SPERNAU: RUA MAX SCHEIDEMANTEL ATÉ RUA 02 DE SETEMBRO
FORTALEZA RUA IMBUIA CASA Nº 98 ATÉ RUA AGRÔLANDIA
FORTALEZA RUA MANOEL PINHEIRO DA SILVA NETO: AGRÔLANDIA ATÉ RUA MARIA BRUCK
FORTALEZA RUA MARIA BRUCK: RUA MANOEL PINHEIRO DA SILVA NETO ATÉ RUA FRANCISCO VALDIECK
FORTALEZA RUA MINA NOVA: RUA VINTE E DOIS DE JULHO ATÉ RUA FRITZ SPERNAU
FORTALEZA RUA SOLDADO MÁRIO LUIZ BERTOLINI: ATÉ RUA FRANCISCO VALDIECK
PONTA AGUDA RUA BELIZÁRIO VEDES: CASA Nº 222 ATÉ RUA LUIZ ELEODORO DA SILVA
PONTA AGUDA RUA BOLIVIA: RUA MÉXICO ATÉ RUA INCAS
PONTA AGUDA RUA GUATEMALA: RUA REPÚBLICA ARGENTINA ATÉ RUA BOLÍVIA
PONTA AGUDA RUA JOSÉ ISIDORO CORRÊA: CASA Nº551 ATÉ RUA LUIZ ELEODORO DA SILVA
VELHA RIBEIRÃO JARARACÁ: RUA BENJAMIN CONSTANT ATÉ RUA ALEXANDRE SOUZA
VELHA RUA ALEXANDRE SOUZA: CASA Nº 92 ATÉ RIBEIRÃO JARARACÁ
VELHA RUA ALFERES JULIO SAMETESKI: RUA FREI STANISLAU SCHAETTE ATÉ RIBEIRÃO JARARACÁ
VELHA RUA BRUNO HERING: CASA Nº 465 ATÉ RUA JOÃO PESSOA
VELHA RUA CATHARINA BRAUM: RUA DONA EMMA ATÉ CASA Nº 68
VELHA RUA DONA EMMA: RUA FELIPE OTTO BECKER ATÉ RUA LAURA DESCHAMPS
VELHA RUA EÇA DE QUEIROZ: RUA CARL WAHLE ATÉ RUA PROFESSOR TRINDADE
VELHA RUA FREDERICO LUBNER: RUA JACOB SCHMITT ATÉ RUA JARAGUÁ
VELHA RUA FREDERICO WOLFRAN SÊNIOR: RUA CARLOS RUBNER ATÉ RUA JOÃO PESSOA

VELHA RUA HUMBERTO DE CAMPOS: RUA OTTO LAUX ATÉ RUA ITAPIRANGA
VELHA RUA INOMINADA TRANS. RUA JOÃO PESSOA: CASA Nº 2700 ATÉ RUA JOÃO PESSOA
VELHA RUA INOMINADA TRANS. RUA JOÃO PESSOA: CASA Nº 3090 ATÉ RUA JOÃO PESSOA
VELHA RUA JARAGUÁ: RUA JOÃO PESSOA ATÉ RUA JACOB SCHMITT

VELHA RUA JOÃO PESSOA: RUA GOVERNADOR JORGE LACERDA ATÉ RUA EUCLIDES DA CUNHA
VELHA RUA JOÃO PESSOA: RUA FRITZ WOLFRAN NETO ATÉ RUA UBERABA
VELHA RUA LAURO BRAUN: CASA Nº 150 ATÉ CASA Nº 86
VELHA RUA OSVALDO CRUZ: SOCIEDADE RECREATIVA VASTO VERDE ATÉ RUA JOÃO PESSOA
VELHA RUA OTTO ABRY: CASA Nº 450 ATÉ RUA FREI STANISLAU SCHAETTE

VELHA RUA PAULO FISCHER: CASA Nº 76 ATÉ RUA JOÃO PESSOA
VELHA RUA PAULO ROZANSKI: CASA Nº 102 ATÉ RUA FREI STANISLAU SCHAETTE
VELHA RUA PROFESSOR TRINDADE: CASA Nº 103 ATÉ RUA VISCONDE DE TAUNAY
VELHA RUA WILHELM EBERHARDT: CASA Nº176 ATÉ RIBEIRÃO JARARACÁ
VILA NOVA RUA 8 DE JANEIRO: ATÉ RUA BENJAMIN CONSTANT
VILA NOVA RUA ALMIRANTE BARROSO: RUA JOÃO GOMES DA NOBREGA ATÉ RUA SERGIPE
VILA NOVA RUA ANNA GALS KRUGER: RUA UBATUBA ATÉ RUA CORIPÓS
VILA NOVA RUA BENJAMIN CONSTANT: RUA FARMACÊUTICO GOTLIEB ELLINGER ATÉ RUA ALMIRANTE BARROSO
VILA NOVA RUA PADRE ÂNGELO ALBERTI: ATÉ RUA SÃO PAULO
VILA NOVA RUA PARÁ: CASA Nº 784 ATÉ RUA IRINEU PROVEZI
VILA NOVA RUA REGENTE FEIJÓ: RUA JOÃO GOMES ATÉ RUA ALCIR ROSA SILVA
VILA NOVA RUA VALDIR KRUGER: ATÉ RUA LUIZ SACHTIEBEN

Enviado à Sala de Noticias por Maria Mazzaferro Comunicação Blumenau

** A programação das obras está sujeita a alterações de acordo com as condições climáticas.

Editorial de Paiva Netto

Editorial de Paiva Netto
Jornalista, radialista e escritor
Reflexão sobre o Dia dos Pais
No próximo domingo comemoraremos o Dia dos Pais. Em 12 de agosto de 2000, no Rio de Janeiro/RJ, preparei uma mensagem que enderecei a eles, deste e do Mundo Invisível, pois os mortos não morrem. Selecionei alguns trechos para apresentá-los a vocês, caros leitores.
Ao observar o crescimento orgânico e estruturado da Legião da Boa Vontade, e tudo o que dela brotou, continua despontando e ainda surgirá do trabalho de Fé Realizante e Boa Vontade, nossa alma se comove porque vemos progredir a semente lançada por Alziro Zarur (1914-1979), da qual estamos com extremo cuidado tratando, para que se desenvolva com a brandura e honre a grandeza das questões divinas.
Diante disso, percebemos a magnitude do Criador, o Pai de todos nós, e a comprovação de Sua onisciência, onipresença, onipotência, onidirigência e majestade.
Para o leal trabalhador da seara do Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, na Terra e no Plano Espiritual, são oferecidos raros momentos de repouso. Novas tarefas são anunciadas pela Espiritualidade Maior para os dedicados discípulos do Provedor Celeste, resultantes de decisões supremas relativas a sentenças decorrentes das ações humanas e espirituais, somadas e multiplicadas no transcorrer dos milênios. Não é sem motivo esta advertência do Excelso Taumaturgo, no Seu Evangelho segundo Mateus, 16:27: “A cada um de acordo com as suas próprias obras”. Nada mais, nada menos.
Sinos poderosos, cujos toques nos chegam de regiões onde os horizontes não conhecem limites, persistem em proclamar os Tempos anunciados desde o Antigo Testamento da Bíblia Sagrada e nos respeitáveis textos de todas as crenças, destinados aos filhos do Altíssimo, criados para a fortuna inesgotável que de Deus provém.
Nossa missão — e a de muitos idealistas pelo mundo — é colaborar no direcionamento de tanta gente para as glórias do Sublime Reino que baixam a este orbe, profetizadas pelo Anjo ao soar da Sétima Trombeta: “O reino do mundo se tornou de nosso Deus e do Seu Cristo, e Ele reinará pelos séculos dos séculos. Amém” (Apocalipse, 11:15). Aqueles sinos plangem, convocando o fim de um tempo em que o egoísmo foi soberano e atraindo as matinas de uma era nova, em que o Espírito se sobreporá às convocações da excessiva materialidade. (...)
Louvado seja Deus!
LEITORES
“Londres e o exercício da Paz”, de 31/7/2012.
“Obrigado pelo texto! Mais uma bela obra (...) que nos remete à reflexão, que deixa grande mensagem. Dentre as quais, a de que, mesmo na disputa, não podemos abandonar a solidariedade e que, com dedicação, podemos quebrar paradigmas! Desejo a todos um bom final de semana cheio de Paz! Fé e Honra!!!”(Dr. Jonas Roza, executivo da Fiocruz, Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro/RJ.)
“Belo artigo. A solidariedade, sem dúvida alguma, está associada à imagem da LBV”. (Dr. Edmar Miniacci, diretor regional, no Centro-Oeste, da Diagnósticos da América S/A, Dasa.)
Grato aos ilustres leitores.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

Crônica da Urda Klueger

Crônica da Urda Klueger
Escritora e historiadora
No dia de 10 de agosto de 2012 fará um século do nascimento desse brasileiro extraordinário, presença constante nas vitrines de todo o mundo e nos corações de tantas pessoas de tantas nacionalidade. Tive o prazer de conviver com ele na altura em que tinha 80 anos. Acho que devo homenageá-lo publicando novamente o texto que escrevi naquela altura.
Aí com seus orixás, onde quer que esteja, muitas saudades, meu querido baiano nº 1!


UM HOMEM CHAMADO JORGE AMADO
Numa das varandas da casa de Jorge Amado, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador/Bahia, há uma curiosa escultura. Estávamos a conhecer a casa, eu e minha amiga, a poetisa e Jornalista Tânia Rodrigues, e pisávamos no chão como se pisássemos em ovos, tamanha era a emoção por estar, afinal, na casa de Jorge Amado, quando deparamos com aquela escultura. Era de um escultor cearense, e fora feita com duas antigas máquinas de costura manuais, O escultor adaptara as duas máquinas, colocara-lhes orelhas, focinhos, etc., e elas tinham se transformado em um casal de cachorros. A cachorra estava no chão, em pose de espera; o cachorro, apoiado nas patas traseiras, mantinha-se em diagonal sobre ela, exibindo avantajada pua como órgão sexual.
Vínhamos lentamente pela varanda pejada de objetos de arte e, quando passávamos pela escultura do cearense, Jorge Amado deu um empurrão no cachorro. De imediato ele bateu numa forte mola que eu não tinha percebido, e pôs-se a fazer valente movimento de vai-e-vem, imitando perfeitamente o que aqui no Brasil a gente chama de transar, ou furunfar, e como não sei o nome popular dessas coisas aí nos Açores, esclareço que o cachorro passou a fazer aqueles doces movimentos que dão origem aos cachorrinhos.
Eu e Tânia ficamos espiando com o rabo dos olhos a transa dos cachorros, e D. Zélia Gattai, a queridíssima D. Zélia Gattai, deu uma bronca no marido:
- Que é isso, Jorge? O que é que as moças vão pensar?
Jorge Amado ria com gosto.
- Ora, Zélia, as moças já viram disto, não vão estranhar!
E o cachorro continuou batendo na mola e furunfando com força enquanto nos afastávamos.
Eu provenho de uma família humilde do Sul do Brasil. Minha região é de colonização alemã, e meu Estado, o de Santa Catarina, caracteriza-se por ser formado de muitas “ilhas culturais”. A região alemã onde me criei é ladeada de um lado por uma região de colonização italiana; do outro, pelos descendentes dos açorianos que para cá vieram no século XVIII. Meus pais eram pequenos comerciantes sem muitas luzes, e tenho certeza de que nunca passou pela cabeça deles que uma das filhas se tornaria uma escritora, e que um dia iria conhecer pessoalmente um monstro sagrado como Jorge Amado.
Criei-me lendo muito, muito e muito, e lá pelos 12 anos deparei-me a primeira vez com um livro de Jorge Amado. Foi ler e gostar - nosso grande escritor fascina ao primeiro contacto. E passei a minha vida a procurar os livros dele, a viver através dos livros uma Bahia fantástica e maravilhosa, e o tempo passou, e um dia já tinha mais de trinta anos e fui conhecer a Bahia.
O Brasil é muito grande. Da minha casa, em Blumenau/SC, até Salvador/BA, são 3.000 km e 48 horas de ônibus, mas tudo correu bem, e num final de tarde cheguei a Salvador. Deveria estar moída pelos dois dias e duas noites no ônibus, mas a fascinação que pressentia na Bahia de Jorge Amado me tirou todo o cansaço: foi só tomar um banho e fui para a rua, a descobrir o que havia de verdade no que havia lido. E foi como se conhecesse a cidade, foi bem como se entrasse num livro de Jorge Amado!
A Bahia é um lugar mágico! Conheço, hoje, 16 países e 16 estados brasileiros, e continuo afirmando que a Bahia é o melhor lugar do mundo! A Bahia mistura tudo: Arte e a História, o Brasil e a África, a beleza e o encanto, as religiões e a magia. Totalmente encantada com a Bahia, nos seis anos seguintes voltei lá sete vezes, enfrentando, a cada vez, 48 horas de ônibus. Só para que aquilatem o quanto a Bahia é maravilhosa, nesse ínterim fui passar um mês em Paris. Todos nós, brasileiros, sentimos uma grande fascinação pela Europa, e eu achei que passar um mês em Paris seria a coisa mais maravilhosa da minha vida. Só que, depois que estava uns quatro ou cinco dias em Paris, tudo o que eu pensava era “O que é que eu estou fazendo aqui? Por que é que não fui para a Bahia?”
Encantadora Bahia, só ela poderia produzir um escritor como Jorge Amado! Eu gostaria de falar muito e muito mais sobre a Bahia, mas vamos voltar a Jorge Amado antes que o espaço acabe.
Já havia lido cerca de 30 livros de Jorge Amado, e alguns de Zélia Gattai, sua mulher, quando, em 1994, li “Navegação de Cabotagem”, as memórias do nosso grande Mestre. Até aí eu pouco sabia sobre a sua figura humana, que se me afigurava distante, inatingível, inacessível para os comuns dos mortais, e tive a maior surpresa ao descobrir, em “Navegação de Cabotagem”, a existência de um Jorge Amado humano, brincalhão, pícaro, cheio de amigos, e aquilo me encorajou a lhe escrever uma carta, falando do quanto gostara do livro e do quanto gostava da Bahia. E claro que não esperava resposta de uma pessoa tão ocupada, e quase morri do coração quando, uns dez dias depois, recebi uma resposta dele. Foi assim que começou nosso contacto, e quando ele soube que eu iria à Bahia em novembro daquele ano, mandou-me o telefone para que o procurasse.
Tânia Rodrigues e eu prendíamos a respiração quando, já em Salvador, ligamos do hotel para a casa dele. Imaginávamos ser atendidas por uma secretária, e quase morremos do coração quando ele próprio atendeu ao telefone e ajeitou a sua agenda mental para achar um espaço para nós. Combinamos um encontro para a tarde, na Academia de Letras da Bahia, onde ele tinha um compromisso.
E claro que vestimos roupas novas e nos enchemos de perfume para o grande encontro. Quinze minutos antes da hora marcada já estávamos no lindo prédio da Academia, o coração batendo forte de emoção. Os acadêmicos que foram chegando nos deixaram à vontade, a sala onde estava foi-se enchendo, e, de repente, na maior simplicidade, adentra a ela Jorge Amado em pessoa, perguntando se ali estava uma escritora de Santa Catarina com quem marcara encontro. Vestia-se todo de branco, com roupas leves e confortáveis, e era igualzinho como a gente o via em fotografias ou na televisão. Foi extremamente simpático desde o primeiro momento, e nos convidou para sala contígua, onde poderíamos conversar à vontade.
Nessa ocasião, ele estava com 80 anos, mas sua lucidez e agilidade mental eram surpreendentes. Sentamo-nos a conversar, e como ele gosta de conversar! Ele fala baixinho, a gente tem que chegar bem perto para ouvir bem, e suas histórias são sempre interessantes e bem humoradas. Contou-nos muitas coisas naquela tarde, principalmente sobre sua família. Como todo bom brasileiro, tem uma avó índia (Zélia Gattai conta nos seus livros o quanto a sua sogra era índia, com negros cabelos escorridos), e, como bom brasileiro, também, acha que tem sua parcela de sangue judeu, por parte dos Amados, coisa que nunca conseguiu comprovar. Eu adoro ouvir histórias, e ouvi-las diretamente da boca do nosso maior escritor era algo que estava além dos meus melhores sonhos. Poderia ter ficado o resto da vida ali, mas o tempo urgia e Jorge Amado foi chamado para votar alguma coisa na reunião da Academia. Votou e, gentil, veio nos buscar. Sou acadêmica aqui do meu Estado de Santa Catarina, mas não esperava que ele fizesse o que fez: chamou-me para a mesa, apresentou-me como acadêmica, fez-me honras que me deixaram até acanhada. Foram servidos vinhos e deliciosos quitutes baianos (ah! a comida baiana é única no mundo!), outros acadêmicos me requisitaram, e quando vi, já era hora de ir embora. Fui despedir-me de Jorge Amado, agradecer-lhe por aquele inefável tempo em sua companhia, por aquela oportunidade que julgava única na vida, feliz demais por ter tido o privilégio de, uma vez na vida, ter privado da presença do meu ídolo, certa de que o sonho acabara, mas ele tinha outros planos:
- Amanhã vocês vão até minha casa! - e aquilo era mais do que eu julgara poder esperar na vida.
No dia seguinte, à hora aprazada, Tânia Rodrigues e eu saltamos de um táxi diante da casa de Jorge Amado. Ela se situa no bairro do Rio Vermelho, o primeiro dos bairros na orla marítima de Salvador, e está construída sobre um morro. A parte que dá para a rua está cercada por alto muro, e os meninos da vizinhança picharam esse muro com seus sprays, criando nele todo o tipo de desenhos e de slogans. Há apenas uma porta encravada nesse muro, onde, depois que tocamos a campainha, fomos de imediato atendidas por uma simpática empregada chamada Rose, que já nos esperava. Ela conduziu-nos a uma sala de visitas onde, numa mesa cheia de livros espalhados sobre toalha de crivo, Jorge Amado nos aguardava. Fiquei toda orgulhosa ao ver um livro meu sobre aquela mesa.
Acho que vale a pena contar sobre a casa de Jorge Amado. Ele e Zélia construíram aquela casa faz mais de 30 anos, quando o bairro do Rio Vermelho era ainda pleno subúrbio, e não a região altamente valorizada e urbanizada que é hoje. Estão no topo do morro; lá de cima, tem-se esplêndida vista para o mar e para a baia de Todos os Santos, o que, aqui no Brasil, é coisa muito valorizada. Na época, os dois plantaram à volta da casa muitas e muitas mudas de árvores, e com a facilidade que existe aqui no Brasil de as florestas se desenvolverem, hoje a casa está no meio de uma verdadeira floresta, que, inclusive, tirou a vista do mar.
A casa é ampla e arejada, adequada ao clima baiano, e está rodeada por espaçosas varandas, onde, tive a impressão, é o lugar em que Jorge Amado e Zélia Gattai passam a maior parte do seu tempo. Num dos lados tem uma piscina antiga, sombreada de árvores. Por toda a casa, tanto do lado de dentro quanto nas varandas, prateleiras correm ao longo das paredes, prateleiras pejadas de objetos de arte de todas as partes do mundo, que o casal colecionou durante toda a sua vida. A impressão geral que dá é de frescor, de leveza, de paz, quase como se a casa e sua pequena floresta fossem voar.
Jorge Amado acabara de sair da piscina. Usava bermudas azuis e uma camisa muito florida, desabotoada. Disse-nos para que ficássemos à vontade, e passamos a remexer nos livros que estavam sobre a mesa, quando entrou na sala a luz chamada Zélia.
Eu sabia que, indo à casa de Jorge Amado, acabaria conhecendo Zélia Gattai, e imaginava que ela seria um pano-de-fundo para o que ocorresse lá. E quando ela chegou e trouxe toda a sua luz., bastaram alguns segundos para que ficasse evidente que quem se tornava pano-de-fundo era Jorge Amado.
E impossível conceber-se Jorge Amado sem Zélia Gattai. Há que se ler os cinco livros de memórias e o romance que ela escreveu, para se ter uma idéia de quem é Zélia. Mas há que se conhecê-la pessoalmente para se aquilatar o real valor daquela mulher.
Zélia é a mais meiga, mais linda, mais forte, mais intensa, vibrante e suave das mulheres. Conhecê-la foi uma das experiências mais gratificantes da minha vida - que dizer da sorte de Jorge Amado, que priva da sua presença há mais de cinqüenta anos? A imensa energia de Zélia nos envolveu, e, quando dei por mim, estávamos todos sentados numa das varandas, com Rose,a empregada simpática, a nos servir sorvetes.
Eles são extremamente simples. Jorge Amado estava sentado em confortável cadeira de lona, e Zélia acomodara-se em lindíssima cadeira-de-balanço, antiga peça muito bem trabalhada em madeira negra que, ela explicou, é a última peça que resta das que seu pai trouxe da Itália quando emigrou para o Brasil. As cadeiras estavam próximas, e era evidente a compreensão e o carinho com que os dois se tratam. Começamos a conversar, e eles nem se davam conta dos gestos de ternura que faziam um no outro: Jorge Amado acariciava com leveza a nuca de Zélia, num lento e suave movimento que dura há mais de cinqüenta anos; Zélia, por sua vez, acariciava com a mesma leveza a perna que ele cruzara ao sentar-se, e aquilo era uma coisa tão natural entre os dois, refletia uma intimidade e um entendimento tão grandes, que senti a garganta apertada de emoção.
A conversa correu leve e fácil. Os dois, agora, nos contavam de passagens de suas vidas e de suas famílias (naquele dia, seu filho João Jorge fazia 47 anos, e eles tinham comemorado com um almoço). Fomos interrompidos pelo telefone: um amigo de Portugal estava a ligar, e eles ficaram passando o telefone um para o outro, e conversando animadamente com o português como se ele estivesse ali junto. Depois, nossa conversa continuou, mas aí Jorge Amado lembrou-se de que tinha um recado para seu motorista, e chamou-o. Um simpático baiano apresentou-se, e recebeu a incumbência de ir buscar uma caixa de doces na casa de alguém que voltara de viagem ao Ceará.
- Vá depressa! - brincou ele. - Fulano é muito guloso, se deixar os doces lá por muito tempo, ele é capaz de comer todos!
Simples, brincalhão, de repente ele se lembrou que não nos oferecera uma bebida. Atrás de nós havia uma porta com um bar evidentemente super-sortido, e ele liberou:
- Vão, vão ali, peguem a bebida que vocês gostam! Não se acanhem, fiquem à vontade!
Não me servi, havia acabado de tomar o sorvete e não queria perder nenhum momento do que estava acontecendo; aí Jorge Amado resolveu nos mostrar a casa.
Com a simplicidade de um velho tio, ele nos levou por toda a sua casa. Conhecemos seu computador, especialmente adaptado para ele, que está com um sério problema de visão, o primeiro computador da sua vida, pois, enquanto enxergou bem, sempre usou a máquina de escrever. Ele quis nos mostrar como funcionava o computador, mas atrapalhou-se com os comandos - era evidente a sua saudade da velha máquina de escrever.
Andamos por toda a casa, até o quarto do casal nos mostraram, mas, sem dúvida, o mais impressionante de tudo, é uma biblioteca que existe na casa. E nessa peça que trabalha uma moça simpaticíssima, que é secretária do casal, chamada Rosani, e é ela que mantém organizados e encapados os livros que lá estão.
A sala é ampla e a biblioteca é bastante grande, e fiquei de boca aberta quando soube que tipo de livros havia ali. Naquelas prateleiras estava um exemplar de cada edição de cada livro de Jorge Amado em cada língua em que eles haviam sido publicados, e o meu coração brasileiro bateu forte ao ver o feito que um compatriota conseguira. Penso que, provavelmente, nenhum escritor vivo, no mundo, possa ter uma biblioteca como aquela. Os livros estão impressos em mais de 50 línguas e, se considerarmos que há línguas que são faladas numa porção de países, como o inglês e o espanhol, nossa cabeça dá um nó na hora de fazer as contas. Jorge Amado tirou da prateleira um livro ao acaso e o abriu: estava escrito em caracteres estranhíssimos, que com certeza não era o chinês, nem o japonês, nem o árabe - tratava-se, de certo, de alguma escrita asiática, e ele riu e fez um comentário sobre como se saber que tipo de tradução tinha sido feita do seu livro naquela língua da qual não entendíamos patavina.
Andamos, depois, ao redor da casa, vimos a piscina, embrenhamo-nos pela floresta até avistar o grande mar-oceano lá embaixo, e, coisa curiosa, por toda a parte havia sapos. Não eram sapos vivos, mas uma incrível coleção de sapos de pedra, de acrílico, de cerâmica, de todos os materiais, dispostos pelas calçadas e ao redor da piscina, presos ao chão com cimento, uma imensa coleção de sapos de todos os formatos e tamanhos como nunca julgara existir. Eram sapos de todas as partes do mundo, colecionados durante as muitas viagens do casal.
E, no meio da floresta, uma escultura de Exu, em metal negro, Exu, o orixá brincalhão, trazido há cinco séculos da África para o Brasil, e hoje um dos orixás importantes do candomblé brasileiro. Com muita graça, Zélia Gattai nos contou como explicara para o netinho a personalidade de Exu, recriou para nós um episódio familiar daqueles que sempre acontecem entre avós e netinhos, fez-nos crer que ela era uma avó quase igualzinha à qualquer avó.
Voltamos às varandas, passamos de novo pela escultura dos cachorros com que iniciei esta matéria, ele bateu de novo no cachorro que voltou a ser impulsionado pela mola que o colocou a furunfar, Zélia brigou com ele de novo, a simplicidade deles era uma coisa tão marcante que a gente se esquecia de que se tratavam de dois monstros sagrados. Zélia nos mostrou seus objetos de arte preferidos, e nunca me esqueço de uns vasinhos em vidro azul, que eles trouxeram do Irã; são vasinhos que as mulheres iranianas usam para recolher as lágrimas de saudade, quando seus maridos estão viajando. Ela nos falou, também, do seu primeiro romance, que ia acabar dentro de alguns dias, e eu a admirei ainda mais aos 78 anos, e a começar uma carreira de romancista!
Assim, conversando aqui e ali, passaram-se umas duas horas, e chegou um médico com o qual ambos faziam fisioterapia. Era hora de irmos. Fomos todos, de novo, para a mesa da sala, e Tânia e eu recebemos diversos livros autografados pelos dois. Enquanto eles escreviam suas dedicatórias nos livros, chegou de volta o motorista que fora buscar os doces. Era uma caixinha de madeira cheia de doces de caju, especialidade do Ceará, e, não perdendo a oportunidade de fazer uma brincadeira, Jorge Amado explicou ao médico:
- Sicrano me mandou três caixas de doces do Ceará, mas Fulano, que as trouxe, muito guloso, já comeu duas. Foi sorte termos salvado esta!
Ríamos enquanto ele abria a caixa. Fez questão que provássemos os doces de caju, comemos todos em conjunto, ele a elogiar o caju cearense, e o ambiente era alegre e descontraído como a casa da gente em dia de festa. Doía um monte, mas em seguida tínhamos que ir embora. Os sonhos não duram para sempre, e o nosso estava se findando. Efusivamente, Jorge Amado e Zélia Gattai se despediram de nós, para se entregarem às mãos do fisioterapeuta. E a gente foi embora. Mas nunca poderei esquecer.

Blumenau, 02 de março de 1996.
Urda Alice Klueger
Escritora, historiadora e doutoranda em Geografia pela UFPR

Texto de Leonardo Boff

Texto de Leonardo Boff
Filósofo e Teólogo
Coração ferido: a irracionalidade da razão
Não nos equivocamos se entendermos a tragédia atual da humanidade, incapaz de dar conta de suas crises e de projetar uma aura de esperança, como o fracasso de um tipo de razão predominante nos últimos quinhentos anos. Já analisamos nestas páginas como se operou, a partir de então, a ruptura entre a razão objetiva (a lógica das coisas) e a razão subjetiva (os interesses do eu). Esta se sobrepôs àquela a ponto de se instaurar como a exclusiva força de organização da sociedade e da história.
Esta razão subjetiva se entendeu como vontade de poder , e poder como dominação sobre pessoas e coisas.
A centralidade agora é ocupada pelo poder do "eu", exclusivo portador de razão e de projeto. Ele gestará o que lhe é conatural: o individualismo como reafirmação suprema do "eu". Este ganhará corpo no capitalismo cujo motor é a acumulação privada e individual sem qualquer outra consideração social ou ecológica. Foi uma decisão cultural altamente arriscada a de confiar exclusivamente à razão subjetiva a estruturação de toda a realidade. Isso implicou uma verdadeira ditadura da razão que recalcou ou destruíu outras formas de exercício da razão como a razão sensível, simbólica e ética, fundamentais para a vida social.

Leonardo Boff Teólogo e Filósofo

Momento Espírita

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Executivo e pai
Ser um executivo de sucesso e pai, ao mesmo tempo, parece impossível.
A empresa exige excessiva dedicação e há executivos que chegam a passar cento e oitenta dias por ano entre aeroportos, táxis e hotéis.
Estudos feitos na Califórnia indicam que um pai típico da década de sessenta costumava passar quarenta e cinco minutos por dia com os filhos. Três décadas depois, esse tempo foi reduzido para seis minutos.
O empresário americano, Tom Hirschfeld, de trinta e seis anos, afirma, no entanto, que é possível ser um ótimo executivo e um ótimo pai.
Com dois filhos, de cinco e dois anos, diz que um pai que consegue driblar as manhas e vontades de um filho de cinco anos, por exemplo, tem todas as condições para tirar de letra quaisquer problemas com um funcionário talentoso, mas complicado.
Homens de negócios, bons empresários, diz ele, podem ser ótimos pais. Assim, aconselha: Conheça seu filho. Descubra os gostos dele, seus amigos e inimigos. Gaste algumas horas com ele.
Faça com que seu filho tenha confiança em você. Marque presença. Administre sua agenda e esteja presente nos momentos importantes da vida dele.
Saiba quando e a quem delegar a sua substituição. Assim, não deixe a babá levar o seu filho para a cama só porque você quer assistir o segundo tempo do futebol na TV. Aproveite e esteja com ele.
Faça a oração da noite e se enterneça com as rogativas dele a Deus, que vão do papai e mamãe ao gatinho doente da prima.
Supervisione a escovação dos dentes, a troca do pijama e descubra como ele está crescendo, vencendo suas barreiras.
Resista à tentação de deixar seu filho aos cuidados da televisão ou do computador. Nada é tão importante como a presença, o toque, a palavra.
Não há necessidade de estar cem por cento do tempo com os filhos, mas aprenda a reservar um bom tempo para a família.
O restante é seu, não importando o que você faça com ele.
E não se esqueça que é preciso ter disciplina, pois a melhor forma de ensinar ainda é o exemplo. E o melhor caminho é o diálogo.
* * *
No trato com os filhos, seja sempre imparcial, a fim de não incorrer em injustiças.
Mas não confunda justiça com igualdade. Cada filho, por sua personalidade única, deve ser tratado de forma diferente.
Dose, portanto, sua energia com uns e outros.
Com certeza, a tarefa não é fácil. Contudo, você tem um aliado invencível: Deus, nosso Pai, que sempre está ao seu lado e lhe responderá às indagações que Lhe dirigir pela prece sincera.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo Não bastaser executivo... Tem que ser pai, de Alexandre Alfredo, da revista Exame, de 11 de agosto de 1999.1.8.2012.



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