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O Vaticano divulgará em poucos dias um documento que endurece as regras da Igreja no caso de abusos sexuais de menores cometidos por religiosos, anunciou a agência de informação i.media.
Em várias ocasiões, o Papa pronunciou-se a favor de os culpados serem julgados pela justiça ordinária e pediu perdão público às vítimas. De acordo com a notícia, o Papa "poderá promulgar em poucos dias", inclusive através de uma espécie de decreto, o "motu proprio", uma série "de regras mais duras" contra o fenômeno da pedofilia na Igreja.
Segundo a agência católica, o documento "poderá incluir a redução ao estado laico dos padres pedófilos e a obrigação de o bispo diocesano denunciar o sacerdote culpado ante as autoridades civis". Segundo fontes da imprensa italiana, trata-se de uma "atualização" do "motu propio" de Juan Pablo II de 2001, intitulado "Delicta Graviora" (Crimes graves).
As novas regras foram, ao que parece, elaboradas pelo cardeal William Joseph Levada, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, e aprovadas pelo atual pontífice. O Vaticano divulgou em abril passado, pela primeira vez na internet, um documento com as medidas de luta contra a pedofilia, nas quais figura a obrigação de denunciar na justiça os religiosos que abusam de menores.