Matéria envida ao SN –Assessoria de imprensa da Câmara Foto:ArquivoA Associação dos Protetores de Animais de Pomerode está sendo alvo de notas irônicas do Jornal de Pomerode. Tudo porque a presidente da entidade aderiu ao movimento contrário às puxadas de cavalo, ocorridas na cidade.
A denúncia partiu do vereador JOÃO JOSÉ MARÇAL (PP), que é irmão da fundadora da ONG. “Numa notinha, o jornal sugere uma visita a casa da mãe e irmã deste vereador, onde funciona a sede da associação e onde são abrigados 26 animais abandonados, todos muito bem cuidados”, acentua.
Para Zé Marçal “o autor não passa de um ignorante que diz representar parcela da comunidade, mas apenas emite opiniões para prejudicar o trabalho de gente séria”. Marçal reforça a afirmação de que o único motivo é a postura da associação contrária a ‘Puxada de Cavalos’, realizada na cidade e que este ano culminou em ocorrência policial. “Esta puxada é a maior ignorância que existe, pois um animal é obrigado a puxar duas, três toneladas sob chicote e berros”.Aos responsáveis pelo Jornal de Pomerode, Zé Marçal recomendou a leitura de reportagem da revista Veja, sob o titulo “Abaixo a Crueldade Humana”, que cita novas leis criadas para atenuar maus tratos impostos a animais confinados, principalmente os que fazem parte do nosso cardápio. “Ou seja, comemos fazendo, eles sofrer. O homem pode tudo, é um ser poderoso, mas no fundo um ignorante”, lamenta.
Em seguida citou trechos da reportagem, que mostra o que ocorre com alguns animais antes de chegar ao consumidor. “Vitelas são bezerros que ao nascer são separados da mãe, ficam confinados por quatro meses, após o que são mortos e degustados”. Citou também o que é feito com os gansos: “Para produzir o patê, uma iguaria muito procurada, colocam um canudo no bico para que ele coma 24 horas por dia, a fim de que o fígado adquira duas vezes o tamanho e se transforme em patê.
Os porcos vivem confinados em cercados exatamente do seu tamanho com a cabeça presa. Na China ursos são mantidos em cativeiro para extração da bile, dita como medicinal e para que isso ocorra, sofrem muito”. Para o vereador, “o ser humano está precisando passar por uma reciclagem, para respeitar a vida de qualquer ser, seja humano ou animal”.