quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Dia 8 de agosto – Dia Nacional de Combate ao Colesterol

Já passou o tempo em que o exame de colesterol era recomendado apenas para homens e mulheres com mais de 40 anos. Atualmente, com tantas mudanças na alimentação, o estresse cotidiano e a velha desculpa da falta de tempo para fazer atividade física, a preocupação com as taxas de colesterol tem chegado às pessoas das mais diversas idades, que desejam prevenir antes de remediar.

Além desses fatores, existem os chamados não modificáveis, como a hereditariedade. Familiares com colesterol elevado podem ser um sinal de alerta para que os pais fiquem atentos à saúde dos filhos.

Segundo estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), 44% da população na faixa etária entre 2 e 9 anos já possui alterações nos níveis de colesterol. Segundo a cardiologista Tânia Martinez, a incidência do colesterol elevado – também chamado de dislipidemia – é maior em crianças que possuem histórico familiar da doença. “São diversos os fatores que levam às pessoas a terem um aumento nas taxas de colesterol.

No caso de crianças e jovens, o problema decorre de doenças genéticas, como a hipercolesterolemia familiar heterozigótica (HF) ou a hiperlipidemia familiar combinada (HFC)”, explica a especialista.

Para crianças de famílias que possuem colesterol alto ou outros fatores de risco para doenças cardiovasculares (pressão alta, diabetes, obesidade, sedentarismo, tabagismo), é mandatório que as taxas de colesterol sejam verificadas ainda na infância. “Na ausência dessas características, os médicos recomendam que o paciente comece a fazer exames periódicos a partir dos 19 anos”, orienta Tânia.

Para uma parte das pessoas com colesterol elevado, ajustes na alimentação e uma rotina de exercícios são suficientes. Nos casos em que não se consegue baixar os níveis com mudanças no estilo de vida, é necessário o uso contínuo de tratamento medicamentoso e o cardiologista indicará o mais adequado ao perfil de cada paciente. As estatinas são um grupo de substâncias que bloqueiam a síntese de colesterol no fígado, tirando o mau colesterol de circulação.

Dados da SBC indicam que seus benefícios, em termos de redução da incidência de doenças cardiovasculares, podem alcançar 44% de eficiência. Dentre as opções medicamentosas existentes está o Lípitor (atorvastatina), a estatina com alto número de evidências científicas, que comprovam seus efeitos na redução significativa do risco de eventos cardiovasculares e na diminuição em até 60% dos níveis do colesterol ruim.

Sobre o colesterol
O colesterol é um tipo de gordura cuja fabricação é originada 70% pelo próprio corpo e 30% pela dieta. Ele contribui para o bom funcionamento do organismo, atuando na produção de hormônios, vitamina D e ácidos biliares que auxiliam na digestão das gorduras.

Mas, em excesso, ele pode se depositar nas paredes das artérias, podendo causar complicações graves, como a aterosclerose.

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Imagem Ilustrativa