Itália - O mordomo Paolo Gabriele, detido desde maio acusado de roubar documentos confidenciais para repassá-los a pessoas de fora do Vaticano, saberá seu destino na próxima segunda-feira, quando sairá a decisão se ele será julgado ou não.
A princípio, o Vaticano tinha dito que o mordomo seria julgado sob a acusação de roubo de documentos reservados enviados ao pontífice, mas fontes do país disseram que a decisão ainda não foi concretizada.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse que a redação definitiva se prolongou mais do que o previsto e que segunda-feira é o último dia disponível porque depois começam as férias da magistratura vaticana. Gabriele, que foi detido em maio, está em prisão domiciliar desde 21 de julho. Se não for levado à justiça, será absolvido.
Se for julgado, o mordomo pode ser condenado a uma pena de um a seis anos de prisão, mas o papa pode optar por perdoá-lo quando quiser. O escândalo do vazamento de documentos confidenciais do Vaticano ficou conhecido no começo do ano, quando uma rede de televisão italiana divulgou cartas enviadas a Bento XVI pelo arcebispo Carlo Maria Viganò nas quais denunciava "corrupção e má gestão" na administração vaticana.
Por enquanto, o mordomo do papa é o único detido por este caso, mas a busca pelos autores do vazamento continua.
Agência EFE
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