Brasília – O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, revelou que o serviço de inteligência interceptou mensagem ameaçando-o de morte. A mensagem, segundo o presidente, é das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). No texto, os guerrilheiros pedem colaboração para “eliminar” Santos de “qualquer forma”. Apesar da mensagem, o presidente reiterou sua disposição de buscar a paz no país e o fim dos conflitos.
"Atitudes como essa, de repente, promovem a guerra. Mas devemos desarmar esses espíritos. E eu estou disposto a desarmar os espíritos", disse o presidente. “[Vamos reiniciar] a pesquisa para o término do conflito.” As informações foram divulgadas pela Presidência da República da Colômbia.
A revelação de Santos ocorreu durante reunião com comunidades indígenas do Cauca. O conteúdo da mensagem foi transmitido ao presidente pelo ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, que atribuiu a autoria ao Bloco do Noroeste e Ocidental.
“Camaradas, minhas saudações, dirigidas em nome de um personagem que é o ideólogo do Bloco de Noroeste e Ocidental chamado Lubin Loro, que diz: devemos nos esforçar para eliminar Santos de qualquer forma possível. [Isso deve ser feito] em nome de Alfonso [Cano] e Jorge [Briceño] e outros companheiros valiosos”, diz o texto, divulgado por Santos. Acrescenta que Cano e Briceño foram mortos.
“Com esse esforço não podemos economizar recursos, contatos nem acordos. A pátria e os nossos exigem, em nome do decoro da organização, uma resposta contundente e radical”, diz a mensagem. Há ainda uma referência à necessidade de promover o que as Farc chamam de “morte da oligarquia”.
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