sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Promotoria suíça confirma que confissão de Paula não é válida

Plantão Nacional de noticias- escuta coluna
Foto : Ilustração

O porta-voz do Ministério Público da Suíça, Rainer Angst, confirmou que a confissão da brasileira Paula Oliveira feita à polícia no dia 13 de fevereiro afirmando que não havia sido atacada por um grupo de neonazistas não pode ser utilizada como prova no inquérito aberto contra ela.

Como o advogado de Paula já havia adiantado à imprensa, a Justiça suíça só considera válida uma confissão feita perante um promotor público.

No entanto, a confissão de Paula foi feita apenas à polícia de Zurique. A brasileira deve prestar novo depoimento à Promotoria ainda nesta semana. "Vamos ter de avaliar se o que ela falar no interrogatório coincide com as outras provas que já temos", explicou Angst, referindo-se aos resultados de exames laboratoriais e ginecológicos que indicaram que Paula não estava grávida e que ela mesma poderia ter feito os ferimentos em seu corpo.

Questionado se a promotoria pode pedir uma avaliação psiquiátrica de Paula, Angst disse que esta é uma possibilidade.

O porta-voz também explicou que, nos tribunais suíços, uma confissão pode amenizar a pena do acusado, mas não soube dizer se no caso de Paula a confissão seria uma atenuante.