Fonte: Vereadora Maria Emília de Souza
Foto: Divulgação
Cem dias de chuvas, solo encharcado e a natureza avisando através dos morros da Coripós e Pedro Krauss”, segundo a vereadora MARIA EMÍLIA DE SOUZA (PT) esses sinais, associados à elevação do nível do rio, não foram encarados como um alerta pelo Executivo blumenauense. Ela acrescentou que não foi passado nenhum boletim, apesar de a Defesa Civil blumenauense ser referência nacional. Maria Emília ainda afirmou que o alerta da catástrofe foi dado pelo Comitê da Bacia do Rio Itajaí-Açu da Furb, em agosto desse ano.
Em seguida, esclareceu que, pelo fato de vivermos em uma região de clima subtropical, é normal o registro de chuvas e cheias. Segundo ela, a composição do solo e a geologia acidentada também deveriam ter sido levadas em consideração antes de habitar a cidade. No entanto, isso foi feito de forma desordenada desde a fundação do município, acredita Maria Emília.
Apesar de se tratar de um problema histórico, ela questionou permissões recentes de ocupação de áreas de risco: “Quem autorizou em 2007 a construção de um prédio no morro da rua São José, que está desmoronando? Quem autorizou os prédios do lado do rio na rua Paraíba? E o corte do morro na rua Amazonas, em frente ao edifício Floresta Negra?” Em seguida, apontou que a tragédia não foi causada apenas pela ação da natureza: “A ocupação desordenada e desorientada histórica leva a um fator que não é natural. É causado pela mão do homem”.